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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

ATÉ QUANDO? ATÉ QUANDO? ATÉ QUANDO? SERÁ QUE NESTE PAÍS O PROFESSOR NUNCA SERÁ VALORIZADO?

 

Desvalorização do professor transparece na comparação internacional e entre profissionais com ensino superior

Salário dos professores é menor em comparação internacional e entre profissionais brasileiros com ensino superior, conforme levantamento realizado pelo Dieese

Estudo elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que os salários dos professores da educação básica (rede pública e privada) no Brasil correspondem a percentuais que variam entre 52% e 64% do valor recebido pelos professores dos 38 países membros da OCDE. Na educação infantil, o valor pago equivale a 64% dos salários pagos pelos países integrantes da Organização e no ensino médio, a 52%.

Há diferença também em relação aos rendimentos de outros trabalhadores brasileiros com ensino superior. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do Instituto Brasileiro de Geograϐia e Estatística (IBGE), os trabalhadores da Educação com ensino superior completo possuíam rendimento 35% inferior ao recebido pelos ocupados em outros setores, em 2019.

O rendimento médio dos trabalhadores na Rendimento médio das pessoas com ensino superior completo (em valores de 2019) Educação era de R$ 3.409, diante de R$ 5.229 nos demais segmentos.

Entre os trabalhadores da Educação, as mulheres tinham rendimento médio de R$ 3.020, e os homens, de R$ 4.724, ou seja, elas recebiam 36% a menos que eles. Os negros com superior completo recebiam em média R$ 3.055, e os não negros, R$ 3.700.

A desvantagem dos salários na comparação internacional para os professores da rede pública pode ficar ainda maior por causa da Lei Complementar de nº 173. Ela congela as despesas com pessoal até o final de 2021, proibindo aumentos, reajustes e outras alterações nas remunerações dos servidores. O movimento sindical tem buscado alternativas jurídicas, baseadas na Constituição Federal, a fim de garantir o direito dos trabalhadores ao reajuste.

Muitos professores celetistas têm sido dispensados. Entre janeiro e setembro de 2020, houve cerca de 50 mil desligamentos. É um sinal de que a depreciação da categoria está se agravando, o que é um dos resultados do golpe de Estado de 2016 e, mais recentemente, da pandemia e do ensino à distância, que já está resultando na destruição de milhares de postos de trabalho na área.

A valorização do professor é uma condição para melhorar a qualidade da educação, que é fundamental para o desenvolvimento nacional. A depreciação que as estatísticas indicam significa também maior degradação da qualidade do ensino no Brasil, o que compromete o futuro da nação.

Rendimentos dos professores brasileiros em relação aos dos países da OCDE

Etapa de ensino Brasil/OCDE

Infantil: 64,00%

Ensino Fundamental 1:  56,90%

Ensino Fundamental 2:  54,70%

Ensino Médio: 52,20%

Fonte: OCDE

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Salário mínimo deve ser de R$ 1.088. Para Dieese valor necessário é de R$ 5.005

 Governo anuncia que o salário mínimo subirá em 2021 dos atuais R$ 1.045,00 para R$ 1.088,00. Valor necessário é de R$ 5.005,00, para suprir necessidades de uma família de quatro pessoas, segundo Dieese

O valor do salário mínimo, em 2021, deverá ser de R$ 1.087,84 levando em conta o reajuste apenas pela inflação, projetada em 4,1% para este ano. Como normalmente o valor é arredondado para cima deve chegar aos R$ 1.088,00.

Em setembro, o governo federal enviou ao Congresso Nacional, dentro da proposta de orçamento de 2021, que o salário mínimo deveria ser de R$ 1.067,00 para uma inflação de 2,1%. Como este índice praticamente dobrou, o governo revê agora os cálculos e sobe em R$ 21,00, o valor a ser pago aos trabalhadores, a partir de fevereiro do próximo ano.

Ainda assim, os R$ 1.088,00 são infinitamente menores do que o valor necessário para o sustento de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), se levarmos em consideração o preço da cesta básica em São Paulo de R$ 595,87. Para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o salário mínimo ideal é de R$ 5.005,91.

“O reajuste apenas com base na inflação tem um impacto negativo na distribuição de renda no Brasil, na redução das desigualdades salariais, particularmente entre maiores e menores salários, entre homens e mulheres e entre brancos e negros”, afirma a técnica do Dieese/subseção CUT Nacional, Adriana Marcolino.

Bolsonaro acabou com Política de Valorização do Salário Mínimo

Um dos primeiros atos de Jair Bolsonaro (ex-PSL) ao assumir a presidência da República foi acabar com a Política de Valorização do Salário Mínimo, uma conquista da CUT e dos trabalhadores e trabalhadoras, durante o governo do ex-presidente Lula.

Na política de valorização, o reajuste era previsto com base no índice da inflação mais o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Se esta regra estivesse ainda valendo o salário mínimo em 2020 seria de R$ 1.057,92 e não os atuais R$ 1.045,00, dado por Bolsonaro. Para 2021, o valor também seria maior: R$ R$ 1.113,41 e não R$ 1.088,00, como oferece o atual governo.

Com a redução em R$ 12,92 em 2020 e de R$ 25,41 previstos para 2021, em apenas dois anos, os trabalhadores e trabalhadoras deixarão de receber R$ 38,33 a mais, desde que Bolsonaro acabou com a política implantada por Lula.

“Manter a política de valorização do salário mínimo significaria que todos os brasileiros, que contribuíram para gerar a riqueza do país ao longo de um ano , teriam, além da reposição da inflação, o direito de receberem parte da riqueza que foi produzida por eles”, afirma Adriana Marcolino.

Fonte: https://www.cut.org.br/noticias/salario-minimo-deve-ser-de-r-1-088-para-dieese-valor-necessario-e-de-r-5-005-a77d

Pela sexta vez, Justiça rejeita denúncia contra o ex-presidente Lula

 A 12ª Vara Federal Criminal rejeitou denúncia sem provas que acusava Lula de ter integrado organização criminosa


Justiça rejeita sexta denúncia sem provas contra o ex-presidente Lula. A informação é dos advogados de defesa de Lula e foi divulgada por meio de nota neste sábado (21).

De acordo com os advogados, os magistrados da 12ª Vara Federal Criminal rejeitaram por falta de "materialidade" denúncia que acusava Lula de ter integrado uma organização criminosa.

“Em todos os processos em que Lula foi julgado fora da autointitulada ‘Lava Jato de Curitiba’ a acusação foi sumariamente rejeitada ou o ex-presidente foi absolvido, com trânsito em julgado”, afirmam os advogados do escritório Teixeira Zanin Martins & Advogados, que listaram as outras cinco denúncias rejeitadas.

Confira a íntegra da nota

Pela 6ª vez a Justiça rejeitou uma denúncia sem materialidade contra o ex-presidente Lula. A sentença foi proferida em 19/11/2020 pelo Juízo da 12ª. Vara Federal Criminal (Processo nº 1007965-02.2018.4.01.3400) e rejeitou a acusação de que Lula teria integrado uma organização criminosa (Lei nº 12.850/13, art. 2º, §3º e 4o).

Lula já havia sido definitivamente absolvido (decisão transitada em julgado) da mesma acusação pelo Juízo da 12ª. Vara Federal Criminal por meio de sentença proferida em 04/12/2019 (Processo nº 1026137-89.2018.4.01.3400).

Em todos os processos em que Lula foi jugado fora da autointitulada “Lava Jato de Curitiba” a acusação foi sumariamente rejeitada ou o ex-presidente foi absolvido, com trânsito em julgado. Tais decisões se referem aos processos abaixo listados:

1) Caso “Quadrilhão”
12ª Vara Federal Criminal de Brasília – Processo n.º 1026137-89.20184.01.3400 – o ex-presidente Lula foi absolvido sumariamente e a decisão se tornou definitiva (trânsito em julgado);

2) Caso “Obstrução de justiça”
(Delcídio do Amaral) – 10ª Vara Federal Criminal de Brasília – Processo n.º 0042543-76.2016.4.01.3400 (42543-76.2016.4.01.3400) – o ex-Presidente Lula foi absolvido por sentença que se tornou definitiva (trânsito em julgado);

3) Caso “Frei Chico”
7ª Vara Criminal Federal de São Paulo – Inquérito n.º 0008455-20.2017.4.03.6181 – rejeição da denúncia em relação ao ex-presidente Lula confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª. Região;

4) Caso “Invasão do Tríplex”
6ª Vara Criminal Federal de Santos – Inquérito n.º 50002161-75.2020.4.03.6104 – denúncia sumariamente rejeitada em relação ao ex-presidente Lula.

5) Caso Janus I
10ª Vara Federal de Brasília – Ação Penal n° 0016093-96.2016.4.01.3400 – processo trancado por inépcia da denúncia e ausência de justa causa por decisão unânime do Tribunal Regional Federal da 1ª. Região proferida em 1º/09/2020).

A nova decisão da Justiça Federal de Brasília é mais uma evidência de que Lula é vítima de lawfare, pois o ex-presidente foi vítima de múltiplas acusações frívolas e descabidas com fins ilegítimos.

Teixeira Zanin Martins & Advogados

Fonte:https://www.cut.org.br/noticias/pela-sexta-vez-justica-rejeita-denuncia-contra-o-ex-presidente-lula-6b92

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Um jovem com 28 anos, o menino, é eleito prefeito em Lajes - RN

 

Felipe Menezes, 28 anos, duas vezes eleito vereador em Lajes, no pleito eleitoral do último dia 15 de novembro foi eleito prefeito de Lajes com 3.475 votos (51,23%), surpreendendo e rompendo a hegemonia política de um grupo que há 38 anos não perdia uma eleição municipal. Desejamos sucesso ao menino Felipe na execução das atividades e projetos de interesse público no município.  


Ufersa disponibiliza 250 vagas para cursos na modalidade a distância

 As inscrições são gratuitas e acontecem até o dia 10/12/2020, exclusivamente através do site https://nead.ufersa.edu.br/

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), por meio do Núcleo de Educação a Distância (NEaD), divulga o Processo Seletivo para ingresso nos cursos de Licenciatura na modalidade a distância ofertados no âmbito do Sistema UAB. A seleção para ingresso em 2021.1 utilizará os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de um dos anos compreendidos entre 2016 a 2019, à escolha dos participantes, exceto para as vagas destinadas aos professores da Educação Básica e portadores de diploma. Estão sendo ofertadas 250 vagas, distribuídas em 6 Polos de Apoio Presencial da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para os cursos de Licenciatura em Matemática e Licenciatura em Computação.

As inscrições são gratuitas e acontecem até o dia 10/12/2020, exclusivamente através do site https://nead.ufersa.edu.br/, em espaço destinado à inscrição no Processo Seletivo para ingresso nos Cursos de Licenciatura a Distância, onde os candidatos deverão realizá-la em formulário on-line específico, anexando os documentos comprobatórios exigidos.

Acesse AQUI o Edital e a ficha de inscrição.

sábado, 7 de novembro de 2020

Impedir destruição do SUS e da educação pública é dever de todas as pessoas

 O movimento social e sindical conseguiram uma vitória significativa nesta quarta-feira (28 de outubro) – Dia da Servidora e do Servidor Público. A pressão popular obrigou o presidente Jair Bolsonaro a revogar o Decreto 10.530, que permitia a entrega das mais de 50 mil Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para o setor os empresários da saúde, que só viso lucrar.

Mas sabemos bem como esse desgoverno e os setores da direita interessados em abocanhar as verbas públicas para as suas empresas operam. Por isso, não devemos esmorecer. A defesa do serviço público é essencial para a melhoria da vida da maioria da população e a reforma administrativa proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes e pelo presidente atacam diretamente as trabalhadoras e trabalhadores do serviço público.

Esse desmonte do setor público mantém intactos os privilégios dos grandes salários, além de não mexer com os militares e os maiores salários do Judiciário. A reforma proposta incide principalmente sobre as servidoras e servidores que trabalham diretamente com a população e ganham péssimos salários, que já estão congelados por 20 anos pela Emenda à Constituição 95. E ainda querem reduzir em 25% nossos parcos salários.

Com isso, trabalhadoras e trabalhadores da educação e da saúde poderão ganhar ainda menos do que já recebem. Além disso, visam acabar com a estabilidade no emprego, conquistada com muita luta. Esquecem que temos a estabilidade por não termos o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e que a estabilidade impede a utilização de nosso trabalho para interesses políticos do governante de plantão.

Esse desgoverno age para acabar com tudo de positivo que a Constituição de 1988 trouxe para o país. Guedes tem como modelo o projeto neoliberal implantado à força no Chile pelo ditador Augusto Pinochet, em 1973, que só agora vai ser sepultado.

Quer tonar o Brasil o Chile de ontem, não esse povo, que nas ruas derrotou a Constituição pinochetista onde não há escola e saúde públicas e uma aposentadoria que permita viver com dignidade aos idosos. O povo chileno se levantou para tirar o país do neoliberalismo excludente e avassalador contra os interesses da classe trabalhadora.

Por isso, o nosso engajamento permanente em defesa da educação pública e do Sistema Único de Saúde (SUS) é necessário para impedirmos a privatização desses setores vitais para o país e para o povo brasileiro. Não podemos nos deixar enganar por propostas de planos de saúde com preços mínimos, pois os serviços também serão mínimos e para poucos.

Cerca de 160 milhões de brasileiras e brasileiros dependem do SUS para ter atendimento médico hospitalar e a privatização do SUS significaria o abandono desse enorme contingente populacional, principalmente dos mais pobres e que moram distantes dos grandes centros.

Devemos permanecer organizados e unidos o tempo todo. Porque o projeto do desgoverno Bolsonaro é acabar com todos os serviços públicos, tornando-os inacessíveis para a ampla maioria da população.

Quer manter as filhas e filhos de quem vive do trabalho longe das escolas, da cultura, do esporte e dos médicos. Quer transformar o país num mero puxadinho dos Estados Unidos como foi no passado.

Submete o Brasil aos interesses do capital internacional e, portanto, ignora o mercado interno. Isso faz aumentar os preços dos alimentos. Não bastasse essa atitude antinacional, não faz nada para conter as queimadas e o desmatamento ilegal na Amazônia, no Pantanal, no país interior, não pune nenhum dos incendiários e ainda favorece os grandes produtores e corta verbas da agricultura familiar.

Quer transformar a juventude em mão de obra desqualificada, barata e sem condições de resistência. Porque age em favor do grande capital, que se importa apenas em aumentar a concentração de riquezas a qualquer preço. Precisamos defender o SUS, a educação pública, a cultura, o esporte e todas as políticas públicas com vistas a tirar o Brasil dos primeiros lugares no quesito desigualdade social.

A nossa luta, portanto, só vai parar quando derrotarmos em definitivo esse desgoverno e o projeto neoliberal com Estado mínimo para os pobres. Mínimo para a classe trabalhadora. Máximo de recursos públicos, no entanto, para os grandes capitalistas destruidores da natureza, dos direitos trabalhistas, da saúde, da educação pública. Destruidores do planeta e da vida.

Precisamos agir para construir uma sociedade mais justa e igual, onde todas as pessoas tenham as mesmas possibilidades de progredir

Dieese confirma: reforma Administrativa prejudica atuais servidores

 A mais recente Nota Técnica (NT) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) contesta frontalmente a ideia, divulgada pelo Governo Federal, de que a chamada Reforma Administrativa encaminhada ao Congresso não traria impactos aos atuais servidores caso aprovada.

Publicada na quarta-feira (4) e intitulada “Impactos da reforma administrativa sobre os atuais servidores públicos”, a NT número 247 analisa de forma detalhada o projeto elaborado pelo Planalto, apontando efeitos diretos e indiretos sobre os atuais servidores.

De acordo com o documento, uma das principais alterações que miram direitos dos atuais servidores – “talvez a mais importante” – é o que é qualificado como “relativização da estabilidade”.

“A proposta prevê que o servidor possa perder seu cargo a partir de uma decisão proferida por órgão judicial de segunda instância. Um gravíssimo retrocesso para os servidores, visto que atualmente a perda do cargo só pode ocorrer após o trânsito em julgado do processo”, explica a Nota.

Outros direitos e garantias, ainda que não atacados diretamente pela Proposta de Emenda Constitucional que apresenta a reforma, podem ser posteriormente retirados, já que o texto do projeto prevê mudanças caso haja alterações em normas abaixo da Constituição, confrontando a ideia de direitos adquiridos: “Se houver alteração ou revogação de lei que institui esses direitos, os atuais servidores e empregados públicos podem ser incluídos na nova regra geral instituída”.

A flexibilização da estabilidade é um dos principais pontos de crítica por analistas e entidades de servidores, já que o instituto é visto como uma salvaguarda contra interferências políticas na prestação de serviços públicos.

fonte: https://www.cut.org.br/noticias/dieese-confirma-reforma-administrativa-prejudica-atuais-servidores-5e6a

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Eleições 2020: juventude quer escola, trabalho e renda para viver com dignidade

 Por Marcos Aurélio Ruy

A pandemia do coronavírus atingiu em cheio os sonhos dos cerca de 50 milhões de jovens brasileiros, revela a pesquisa Juventudes e a Pandemia de Coronavírus, feita pelo Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). De acordo com o levantamento, 40% dos jovens perderam ou tiveram diminuída a sua renda durante a pandemia.

Por isso, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apresentam a iniciativa Um Milhão de Oportunidades, com a participação de dezenas de empresas, com o objetivo de atender adolescentes e jovens de 14 a 24 anos, principalmente os que mais precisam.

Para Luiza Bezerra, secretária da Juventude Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), “iniciativas como essas por parte da sociedade civil, movimentos sociais e setor privado, são importantes”, mas “a medida é paliativa, uma vez que o problema das altas taxas de desemprego e informalidade entre a juventude são problemas estruturais do mercado de trabalho brasileiro”.

A pesquisa aponta ainda que 14% dos jovens declararam estar trabalhando com carga horária maior, 27% pararam de trabalhar. Mas a situação já vinha se decompondo antes da pandemia como revela a pesquisa Juventude e Trabalho, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV) Social.

Pelo estudo da FGV, os jovens de 15 a 29 anos perderam 14% da renda entre 2014 e 2019 e, para piorar, entre os mais pobres a perda foi de 24%. “O abandono das políticas públicas por mais educação, trabalho decente e aumento de renda para a juventude e a chamada austeridade fiscal promovida por Michel Temer e acentuada por Jair Bolsonaro são as principais causas dessa situação perversa para quem está iniciando no mercado de trabalho”, indica Vânia Marques Pinto, secretária de Políticas Sociais da CTB.

Principalmente porque “a pandemia agravou a situação da juventude e aumentou o contingente dos que integram o trabalho precário, sem direitos trabalhistas e com jornadas extorsivas, como vimos nos protestos dos que trabalham como entregadores de aplicativos, na maioria jovens, recentemente”, afirma Luiza.

A pesquisa da FGV assinala um cenário onde se vê que 30% dos jovens perderam a perspectiva de melhoria de vida pelo trabalho. A frustração aumenta porque, segundo a pesquisa, o número de jovens que não estudam, nem trabalham passou de 23,4% em 2014 para 26,2% 2019.

“Nenhum país pode desenvolver-se sem atentar para as necessidades da juventude da cidade e do campo”, argumenta Vânia. “Devemos procurar fornecer esse auxílio anunciado pela OIT, qualificando inserção da juventude no mercado de trabalho, mas sempre tendo em vista de que a luta é mais ampla”, reforça Luiza.

Segundo ela, “devemos lutar por mais direitos, pela regulamentação do trabalho, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, por políticas públicas que garantam a permanência do jovem até terminar seus estudos e lhes dê perspectivas de futuro”.

O levantamento do Conjuve traz dados reveladores sobre os efeitos da crise econômica na juventude, onde 73% contaram terem diminuído as atividades de lazer e cultura e 55% revelaram dificuldades para dormir no período da pandemia.

Os principais sintomas revelados são ansiedade (62%), tédio (57%), impaciência (54%), sobrecarga de trabalho (52%), exaustão e impotência (ambas com 50%). Além disso, 51% disseram sentir-se tristes e 48% assustados e inseguros.

Luiza destaca ainda o Pacto da Juventude 2020: Educação, Trabalho e Desigualdades, lançado em setembro, pela CTB Jovem como uma indicação da necessidade de “retomar o dinamismo econômico, o que significa mais ação do Estado para promover o bem estar social, combater as desigualdades e criar empregos”.

Para ela, “nestas eleições temos a chance de escolher representantes que estejam conectados com essa agenda e, com isso, consigam melhorar as condições de vida e de trabalho da nossa juventude”.

fonte: ctb.org.br

Nota das Centrais: Toda pressão sobre os deputados pelos 600 reais

 CENTRAIS SINDICAIS

Toda pressão sobre os deputados pelos 600 reais

Com o compromisso de defender a totalidade dos trabalhadores brasileiros, a CUT, Força, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Pública convocam todos os seus entes e sindicatos a fazer um mutirão de pressão sobre os deputados e deputadas que ocupam as lideranças partidárias na Câmara para que votem e aprovem o auxílio emergencial de R$ 600,00. 

O orientação é massificar a divulgação da ferramenta Na Pressão http://bit.ly/600PeloBrasil e do Abaixo-assinado https://bit.ly/3cP7SPYpor meio de banner nos sites e compartilhar nas redes e listas de transmissão e grupos de whatsapp. Na impossibilidade de banner, usar esse texto como base para uma matéria, que fale da importância de apoiar, aderir, divulgar e compartilhar as ações nos veículos de comunicação dos sindicatos (sites, jornais), redes, e aplicativos de mensagens, destacando os links do NaPressão e do abaixo-assinado.

Hoje, 65 milhões de brasileiros e brasileiras dependem exclusivamente do auxílio emergencial para sobreviver, em consequência dos efeitos da pandemia, da crise econômica e do desgoverno Bolsonaro. Isso significa que 30 em cada 100 cidadãos, boa parte crianças, não teriam como comer sem esse dinheiro. 

O auxílio impacta diretamente na economia de forma positiva, porque atende trabalhadores informais, alimenta o consumo, a atividade nas empresas e protege milhões de empregos. Faz a roda da economia girar e, desde abril, impede que o Brasil mergulhe em uma crise econômica ainda maior, o que afetaria também os empregos trabalhadores(as) formalizados. 

Os R$ 600,00 tiveram impacto positivo na massa de rendimentos das famílias que, transformada em consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB brasileiro em 2020. Ajudou as receitas fiscais de municípios, Estados e da União e Previdência Social.

Além disso, as centrais sindicais têm a decisão de defender todos os trabalhadores, sejam eles informais, desempregados, formalizados. Foi o movimento sindical, com os partidos de oposição, que conseguiram transformar o auxílio em um grande programa emergencial de distribuição de renda.

A mobilização, ação e pressão das centrais sindicais junto ao Congresso Nacional foi decisiva para garantir os R$ 600 na primeira fase do programa, porque o governo federal queria pagar apenas R$ 200. O auxílio foi prorrogado até dezembro de 2020 por meio da Medida Provisória 1.000, mas o governo reduziu as parcelas para R$ 300,00. 
A MP tem e ser votada e aprovada pela Câmara dos Deputado, porque caduca em dezembro, o que interessa ao governo. A medida recebeu 262 emendas, boa parte propõe elevar o valor, daí a importância de pressionar pela sua votação imediata.

Por tudo isso, pressionar pela manutenção do valor de R$ 600,00, no bojo da votação da MP. É luta prioritária de toda a classe trabalhadora, que, direta ou indiretamente, será prejudicada se o valor permanecer em R$ 300,00. 

NaPressão http://bit.ly/600PeloBrasil
Abaixo-assinado https://bit.ly/3cP7SPY

Sérgio Nobre 
Presidente da CUT 
Miguel Torres 
Presidente da Força Sindical 
Adilson Araújo 
Presidente da CTB 
José Calixto Ramos 
Presidente da NCST 
Alvaro Egea 
Secretário Geral da CSB 
Ricardo Patah 
Presidente da UGT 
Ubiraci Dantas Oliveira 
Presidente da CGTB 
Joaninha de Oliveira
Secretaria Executiva Nacional da CSP – Conlutas 
Nilza Pereira de Almeida
Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora 
Emanuel Melato 
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor

São Paulo, 1º de outubro de 2020

fonte:https://ctb.org.br/noticias/economia/nota-das-centrais-toda-pressao-sobre-os-deputados-pelos-600-reais/

DENGUE, UMA AMEAÇA CONSTANTE

  Com a estação chuvosa é preciso estarmos atentos e cuidarmos para que o Aedes aegypti🦟 não nasça.  Esse é o mosquito que transmite dengue...