A 8ª marcha da Classe Trabalhadora acontece
nesta quarta-feira (9), a partir das 10h com concentração na Praça da
Sé, na capital paulista.
Tradicionalmente realizada em Brasília, a marcha este ano mudou para
São Paulo em razão do peso da metrópole para a economia do país. A
expectativa é que o ato reúna mais de 50 mil trabalhadores, também serão
realizados atos menores nas principais cidades do país.
Esta será a primeira grande mobilização unitária dos trabalhadores este
ano. As pautas em questão são a redução da jornada de trabalho sem
redução salarial; o fim do fator previdenciário; a correção da tabela do
Imposto de Renda e a valorização do salário mínimo. O ato começa na
Praça da Sé e segue em direção à avenida paulista.
Por este ser um ano eleitoral, o objetivo das centrais é entregar as
reivindicações para os candidatos à presidência, inclusive a Dilma
Rousseff. A pauta dos trabalhadores, cuja elaboração foi coordenada pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese), será entregue também ao empresariado.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, disse está certo de que a vitrine
da Copa do Mundo, paralela ao calendário eleitoral brasileiro, lançam
uma perspectiva de grande efervescência política no Brasil.
Adilson Araújo reconheceu avanços sociais promovidos nos últimos anos,
sobretudo, diante da grande crise que ainda acomete boa parte dos países
desenvolvidos. “Em diversas ocasiões, temos a sensação de que a pressão
exercida pelo sistema financeiro e pelo mercado deixa o Governo
bastante suscetível aos interesses patronais”, destacou.
O presidente da CTB reconheceu que, num primeiro momento, o governo
Dilma tomou posições progressistas de enfrentamento aos interesses
daqueles que obtém lucro a partir de ganhos especulativos, mas que a
mesma, como passar dos anos, perdeu o ímpeto de enfrentamento: “Dilma
tomou medidas com o objetivo de reduzir o spread-bancário. Porém, no
último ano, retornamos a um aumento injustificado de nossa taxa de
juros. Temos um pensamento econômico muito equivocado de que se controla
a inflação a partir do aumento da taxa de juros. Os resultados de hoje
revelam que esse é um modelo ineficiente de controle inflacionário”,
defendeu.
O sindicalista pontuou que os grandes eventos esportivos, por atraírem
investimentos na produção, estão colaborando para os baixos índices de
desemprego que o Brasil vem registrando nos últimos levantamentos: “O
Brasil gera muito emprego. Os países em crise adorariam estar em
condições de sediar uma Copa do Mundo e, com isso, criar a possibilidade
de uma série de investimentos que, somados a uma eminente necessidade
de melhorias em infraestrutura, criam um ambiente favorável à geração de
empregos por aqui”, afirmou.
Fonte: Portal CTB
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