O Ideb avalia a qualidade do ensino do país com base em dados sobre aprovação e desempenho escolar obtidos por meio de avaliações do MEC
O índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino
médio na rede pública de 16 Estados piorou em relação a 2011, segundo
dados divulgados pelo governo federal nesta sexta-feira. Nenhuma das
metas de avanço da nota do Ideb para o Brasil foram alcançadas no ensino
médio. Já a pontuação para os primeiros anos do ensino fundamental (1°
ao 5° ano) no País aumentou 0,2 pontos, passando de 5 para 5,2. Nos
últimos anos do ensino fundamental (6° ao 9° ano) houve avanço de 0,1
pontos.
O ensino médio é de responsabilidade majoritariamente dos governos
estaduais, embora o Ministério da Educação (MEC) crie diretrizes para
serem seguidas. Os Estados que apresentaram piora na nota da rede
pública para o ensino médio foram: Amazonas, Roraima, Pará, Amapá,
Tocantins, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Minas
Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Mato
Grosso. Os Estados com melhor pontuação na rede pública do ensino médio
foram Goiás 3,8, São Paulo e Rio Grande do Sul, ambos com 3,7. Na
pontuação total, quando se junta a rede pública e a privada, 13 Estados
apresentaram piora.
Para a pontuação do ensino médio no Brasil, a rede pública manteve o
índice de 3,4 de 2011, enquanto a meta para este ano era de 3,9; a rede
privada apresentou piora, passando de 5,7 para 5,4, com meta 6 pontos.
Para os anos inciais do ensino fundamental, a rede pública do País
teve 4,9, ante 4,7 em 2011, batendo a meta de 4,7; já a rede privada não
atingiu a meta de 6,8, ficando com 6,7 pontos, uma melhora em relação
aos 6,5 da última avaliação. A rede privada dos últimos anos do ensino
fumdamental tiveram piora, com 5,9 pontos ante os 6 de 2011, e com meta
de 6,5.
O ministro da Educação, Henrique Paim, disse considerar que,
futuramente, o avanço dos anos iniciais poderá ter impacto positivo nas
etapas seguintes de estudo. Quanto ao ensino médio, o ministro lembrou
que o governo vem discutindo medidas para aprimorar essa fase.
“Precisamos trabalhar a questão do currículo, ampliar a flexibilidade do
currículo. No ensino médio, temos uma situação em que a maioria dos
educadores sabe que é necessário rever essa etapa. Eu diria que o
esforço que fizemos em relação ao ensino médio é mais recente do que o
que fizemos em relação aos anos iniciais”, ressaltou.
O Ideb avalia a qualidade do ensino do país com base em dados sobre
aprovação e desempenho escolar obtidos por meio de avaliações do MEC.
Desde a criação do indicador, foram estabelecidas metas que devem ser
atingidas a cada dois anos por escolas, prefeituras e governos
estaduais.
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