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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Aldemir Bendine, do Banco do Brasil, é o novo presidente da Petrobras

O atual presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, vai assumir o comando da Petrobras, no lugar de Graça Foster, que renunciou ao cargo em meio ao desgaste provocado pelas denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato.
A escolha do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, para a presidência da Petrobras foi o primeiro grande acerto do segundo mandato do governo Dilma Rousseff. Anunciado nesta sexta-feira, o nome de Bendine significa a retomada da credibilidade para uma companhia ferida por incontáveis denúncias de corrupção.
yu8o6o6Funcionário de carreira do Banco do Brasil, com 37 anos de serviços prestados à empresa, Bendine ocupava o principal posto da instituição desde 8 de abril de 2009, quando foi indicado pelo presidente Lula. Na oportunidade, Bendine recebeu a missão de reduzir os juros do banco e aumentar o volume de crédito – foi bem-sucedido nos dois casos.
Nascido em Paraguaçu Paulista (SP), este executivo de 51 anos entrou no Banco do Brasil como estagiário, mas ascendeu rapidamente na empresa. Antes de se tornar presidente, liderou as diretorias de Cartões, Varejo e Novos Negócios. Sob seu comando, o Banco do Brasil passou a ser um dos mais rentáveis do País. Entre 2009 e 2013, o volume de financiamentos dobrou de R$ 320,7 bilhões para R$ 692,9 bilhões, enquanto o total de ativos saltou de R$ 708 bilhões para R$ 1,3 trilhão.
Ns últimos anos, o BB, que manteve a liderança em setores que já dominava, como o agronegócio, passou a atuar em novos mercados, como o de crédito imobiliário, e expandiu sua atuação no segmento de cartões. Em 2013, Bendine fez ainda a maior abertura de capital do mundo, captando R$ 11,47 bilhões no IPO do BB Seguridade. Sob Bendine, o BB não só proporcionou resultados ao governo como passou a competir em condições de igualdade com o mercado privado.
Na Petrobras, Bendine terá amplos desafios pela frente. Nos últimos meses, a empresa, então dirigida por Graça Foster, viu suas ações ruírem, diretores serem presos e até processos abertos no Exterior. Agora, a petrolífera abre um novo caminho com a chegada de um executivo de carreira sólida e com resultados consistentes para apresentar.
A Escolha
O Planalto teve menos de 48 horas para escolher o novo presidente da estatal, depois de Graça Foster e outros cinco diretores formalizarem o pedido de renúncia dos cargos, na quarta-feira, 4.
A presidente Dilma Rousseff já havia sinalizado a troca atual diretoria, mas a troca só ocorreria após a aprovação do valor perdido em razão dos desvios na estatal. A companhia divulgou o último balanço financeiro sem essa informação.
Bendine teve seu nome cotado para assumir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, também chegou a ser cotado para a vaga.
O nome de Bendine foi uma surpresa para o mercado. O executivo foi presidente do Banco do Brasil e membro do Conselho de Administração da instituição. É bacharel em administração de empresas e cursou MBA em Finanças e em Formação Geral para Altos Executivos. No Banco do Brasil, também atuou como vice¬presidente de varejo e distribuição, secretário executivo do Conselho Diretor e gerente executivo da diretoria de varejo da área de cartões, entre outros. Outro ex-executivo do Banco do Brasil, Ivan Monteiro, também vai integrar o corpo de diretores da petroleira.

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