
“A ferrovia vai cruzar o país de leste a oeste,
portanto, o continente, porque ligará o Oceano Atlântico ao Pacífico. É
um novo caminho que se abrirá para a Ásia, reduzindo distâncias e
custos. Um novo caminho que nos levará diretamente ao Pacífico, até os
portos da China”, explicou Dilma, em declaração de imprensa, após a
assinatura de acordos com o chinês.
(Foto: Agência Brasil)
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Segundo Dilma, os atos assinados hoje representam investimentos de US$ 53 bilhões e
abrangem áreas de planejamento estratégico, infraestrutura, transporte,
agricultura, energia, mineração, ciência e tecnologia, comércio, entre
outras.
Na lista, está o acordo para retomada das
exportações de carne brasileira para a China, interrompidas desde julho
de 2012. Durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, em julho do
ano passado, o fim do embargo chinês à carne brasileira foi anunciado,
mas faltava a assinatura de um protocolo sanitário.
“É o marco jurídico necessário para a retomada da
exportação de carne bovina para a China, de forma sustentável, que será
implementada com a habilitação feita pela China dos primeiros oito
estabelecimentos brasileiros. Reiterei interesse em tornar efetivo o
processo de habilitação de novos estabelecimentos produtores de carne
bovina, suína e de aves”, disse a presidenta.
Segundo Dilma, mais nove frigoríficos brasileiros
estão na lista aguardando a habilitação para voltar a exportar para a
China. “Vamos liberar de forma bem acelerada. Foi assinado o acordo
sanitário. A partir do acordo, cria-se uma nova forma de relacionamento
nessa questão entre as autoridades chinesas, as autoridades sanitárias
brasileiras e o Ministério da Agricultura”, acrescentou.
A presidenta lembrou que a China é o principal
parceiro comercial do Brasil e defendeu a ampliação de investimentos, o
comércio mais intenso, aberto e diversificado entre os dois países e o
aperfeiçoamento de parcerias em educação, ciência e tecnologia.
Dilma destacou que o Brasil e a China devem se unir
para cobrar mudanças no Conselho de Segurança da Organização das Nações
Unidas (ONU) e nos órgãos financeiros multilaterais, como o Fundo
Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Segundo Li Keqiang, o
fortalecimento da parceria entre os dois países pode ajudar a proteger
as economias emergentes das dificuldades econômicas internacionais.
“Nesse cenário político e econômico internacional,
que passa por mudanças, particularmente no contexto de fraca recuperação
da economia mundial, a integração entre Brasil e China vai promover
desenvolvimento dos países em desenvolvimento, das economias emergentes e
ajudar na recuperação da economia mundial. A cooperação financeira
ajudará as salvaguardas da sustentabilidade financeira dos países
emergentes”, avaliou.
A lista de acordos entre o Brasil e a China inclui a
compra de aviões da Embraer e de navios de minério da Vale, a
construção de um satélite de sensoriamento remoto, investimentos de US$ 7
bilhões em projetos da Petrobras, a construção de um polo siderúrgico
no Maranhão e até cooperação esportiva para as modalidades de tênis de
mesa e jogo de peteca.
fonte: Agência Brasil