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sábado, 13 de agosto de 2022

Compra de voto: uma prática fraudulenta que se perpetua nas eleições e empalidece a democracia.

As eleições se aproximam e novamente algo que existe e se conserva há muito tempo vem às conversas informais entre cidadãos e cidadãs, debates políticos, campanhas de conscientização no rádio e na tv pelos órgãos oficiais, inclusive com possibilidade de denúncia por meio do endereço eletrônico (https://pardal.tse.jus.br/pardal-web/). O TSE no seu site esclarece que o sistema Pardal pode ser utilizado para noticiar diversos tipos de infrações eleitorais, como as relativas à propaganda eleitoral, compra de votos, uso da máquina pública, crimes eleitorais, doações, gastos eleitorais e problemas no ato de votar, em especial qualquer irregularidade relativa ao funcionamento na urna eletrônica (defeito, mau funcionamento etc.). Nas denúncias feitas por meio do Pardal, deverão constar, obrigatoriamente, o nome e o CPF do cidadão que as encaminhou, além de elementos que indiquem a existência do fato, como vídeos, fotos ou áudios, resguardada ao denunciante a opção pelo sigilo de suas informações pessoais.

É comum se escutar que o sustentáculo da compra e venda de votos é a pobreza. Será? Certamente a miserabilidade/vulnerabilidade social de grande parte da população oportuniza tal prática ilícita; contudo, parece-nos limitado esse pensamento, quando observamos a pouca relevância informativa e formativa das campanhas realizadas pelo TSE/TRE, principalmente, quanto ao número de divulgações na mídia em geral de campanhas no sentido de coibir, minimizar e fazer cessar essa fraude eleitoral que parece não ter fim e que imensuravelmente prejudica o país. Existem outros meios de comunicação nos quais poderiam ocorrer ações nesse sentido (por exemplo, uma companhia volante de teatro, outdoors, busdoor etc.). Considere-se também a brandura nas leis eleitorais para esse crime. O TSE/TRE fiscaliza(m) e coíbe(m) satisfatoriamente tal ilegalidade com número adequado de profissionais? A educação neste país como anda? Forma cidadãos e cidadãs (sujeitos de direitos e deveres, portanto consciente do valor que tem um voto)? Dito isso, em breves linhas, já é possível afirmar que a pobreza não é a teia de sustentação para a deterioração do voto.

Corroboro com aquilo que foi dito por Chico Alves (colunista do UOL), em texto intitulado “Fraude na eleição não vem da urna eletrônica, mas da compra de votos” (coluna Opinião do UOL no dia 13/08/22). Segundo Chico “Campeão de fake news, frequentemente acusa os adversários de mentir. Radical de direita, reclama da esquerda por radicalizar. Disseminador de discurso de ódio, diz que os oponentes são violentos...O ápice dessa tática é o ataque à eleição”. Contudo e, talvez, isso esteja sendo usado para camuflar o real inimigo a nossa democracia: a compra e venda de votos. Esse mal possibilita a perpetuação de oportunistas e de pseudopolíticos serem eleitos em várias eleições que, continuamente ilesos ao que aduz a lei eleitoral, não pensam duas vezes em por seus nomes à disposição da população nas eleições partidárias, impossibilitando, em muitos casos, a candidatura de pessoas probas e preparadas para o parlamento ou cargo do executivo com propostas exequíveis de altíssima qualidade que muito contribuiriam ou contribuirão para a boa política. Essa NÂO se credencia na doação de um botijão de gás, na diminuição do preço dos combustíveis, no pagamento de conta de água, de luz, material de construção, cesta básica, compra de remédio, no favorecimento a alguém disso/daquilo (troca do voto por benefícios individuais e pouco éticos e, na maioria das vezes ilegais) ou emendas quaisquer que fujam à impessoalidade, à moralidade e à eficiência. Quem compra ou vende o voto age contra a sociedade onde se insere que deixa de receber tudo aquilo que precisa para uma vida de qualidade. Essa ação eleitoreira degenera qualquer tipo de eleição e precisa ser abolida. No caso específico, será hipocrisia falar-se que vivemos em um país cujo sistema político é a democracia.

Prof. Me. Renier Luiz Martins Mendes


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