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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Democracia ou barbárie

  Publicado: 17 Agosto, 2022 - 00h00                                         escrito por Amarildo Cenci 

Otto Adolf Eichmann, o burocrata responsável pela logística de transporte de milhares de judeus para os campos de concentração nazista, foi levado ao banco dos réus, em 1961. O júri esperava um monstro, mas se deparou com um homem ordinário, cumpridor de leis e sem excessos em sua vida pregressa.  

Durante o julgamento, ele repetiu com insistência que apenas cumpriu ordens e que tudo fez para evitar sofrimentos desnecessários. De Adolf Hitler, o Führer, esperava apenas aprovação do cumprimento do dever. A incapacidade de Eichmann de se inquietar com o horror levou a filósofa Hannah Arendt a formular o conceito do mal banal.

O totalitarismo é voraz e expansivo. Quando alojado nas estruturas de estado, segue contaminando a sociedade, debilitando as instituições e inundando o cotidiano com excessos. Só os cínicos são capazes de negar que o presidente infesta a sociedade brasileira com suas pretensões totalitárias. Só os cúmplices fazem de conta que não enxergam os crimes. Só os tolos acreditam que estão a salvo.

Assim como o nazista Eichmann, a legião de insensatos que viceja em nosso país já sabe o que fazer. As ordens foram dadas. Machos, que não suportam serem dispensados, assassinam suas ex-companheiras. Os exterminadores de jovens negros na ´periferia são elogiados.

Gestores assediam e depreciam os trabalhadores descaradamente. Intolerantes, “por motivos torpes”, atiram contra seus adversários políticos. Monstros de jaleco estupram impiedosamente. Bombadões arrogantes intimidam com seus músculos e armas quem os contradizem. O treino para uma explosão de violência já iniciou faz tempo.

 Apesar das tentativas de dar caráter de normalidade, o Brasil não submergirá a um tirano bufão. O totalitarismo será vencido pela democracia. A esperança vai derrotar o ódio, o medo e a intolerância.

Estamos prestes a viver mais uma primavera democrática e o nosso povo vai virar essa página horrenda da nossa história, algo que infelizmente as instituições da República têm sido incapazes de fazer.

fonte: https://www.cut.org.br/artigos/democracia-ou-barbarie-7f72

A importância de eleger representantes da classe trabalhadora para o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativa


54 rene vicente dos santos

Por Rene Vicente

Os últimos anos foram marcados por uma ofensiva contra direitos e conquistas da classe trabalhadora que não encontra precedentes na história brasileira, nem mesmo nos tempos duros do regime militar. 

O governo golpista de Michel Temer impôs mudanças regressivas na legislação trabalhista. Criou a modalidade infame do trabalho intermitente, estabeleceu o primado do negociado sobre o legislado, estimulou a negociação individual em detrimento da coletiva, flexibilizou e reduziu direitos e subtraiu dos sindicatos sua principal fonte de financiamento, a Contribuição Sindical. 

Além disso, o usurpador estabeleceu o congelamento dos gastos públicos, via EC 95, e ampliou o espaço de terceirização das empresas, nele incorporando as chamadas atividades-fim.

Agenda contra a classe trabalhadora

Produto final do golpe de 2016, o neofascista Jair Bolsonaro deu continuidade à agenda contra a classe trabalhadora inaugurada por Temer, com retrocessos nas regras da Previdência que rebaixaram o valor de aposentadorias e pensões e aumentaram o tempo de trabalho (e vida) para alcançar o direito, acabando com a aposentadoria por tempo de contribuição e fixando a idade mínima em 65 anos para trabalhadores urbanos.

O atual governo também aboliu a política de valorização do salário mínimo e é pródigo na edição de Medidas Provisórias (MPs), decretos e portarias contra os trabalhadores e trabalhadoras, sob a falsa justificativa de que o trabalhador terá de escolher entre emprego ou direitos.

Por sinal, todas as “reformas” foram impostas ao povo brasileiro com o falso discurso de que tinham o generoso propósito de modernizar a legislação para gerar milhões de empregos e garantir o crescimento da economia. 

Desemprego, precarização e arrocho salarial

O que se viu na realidade foi o aumento do desemprego, do desalento, da subutilização da força de trabalho e da informalidade. 

A economia continuou afundando. As consequências concretas das “reformas” foram o avanço da precarização, o arrocho dos salários, o flagelo da fome e da desnutrição, que hoje frequentam os lares de 125,2 milhões de brasileiros e brasileiras.

Nos estados, governos orientados por ideologias neoliberais impuseram medidas semelhantes contra os servidores públicos.

É fundamental compreender que Temer, Bolsonaro e governantes estaduais não agiram sozinhos, mas em cumplicidade com os parlamentares eleitos para o Congresso Nacional e as assembleias legislativas nos estados, onde necessariamente tramitam os projetos de leis dos governos, assim como as MPs.

Capital e trabalho no Parlamento

A imposição desses e outros retrocessos só foi possível porque a representação do movimento sindical e da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas é muito baixa. 

Embora nossa classe seja maioria na sociedade, é uma minoria pouco expressiva nessas casas legislativas. O contrário ocorre com o patronato. Banqueiros, latifundiários, industriais e comerciantes, enfim os donos do Capital. apesar de pouco numerosos na sociedade, formam maioria absoluta e até qualificada no Congresso Nacional e em muitas assembleias legislativas. Com isto, têm hoje o Poder Parlamentar sob forte controle e a seu serviço.

Foi por esta razão que o próprio presidente Lula alertou que não basta derrotar Jair Bolsonaro e levá-lo de volta ao Palácio do Planalto em 2023 para barrar o retrocesso e realizar no país as transformações que o povo reclama, restaurando e ampliando conquistas da nossa classe trabalhadora de forma a assegurar fome zero, crescimento econômico, o pleno emprego e a valorização dos salários.

É igualmente indispensável ampliar, simultaneamente, a presença de representantes da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas e eleger governadores afinados com o sentimento, os interesses e as causas da nossa classe. Assim agindo, em 2 de outubro estaremos pavimentando nas urnas o caminho de um futuro de progresso e bem estar para o povo brasileiro.      

DENGUE, UMA AMEAÇA CONSTANTE

  Com a estação chuvosa é preciso estarmos atentos e cuidarmos para que o Aedes aegypti🦟 não nasça.  Esse é o mosquito que transmite dengue...