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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Educação

Esta situação é vivenciada em quase todas as escolas no RN; entretanto, quando os professores(as) denunciam tal descalabro, a sociedade não se une a eles na busca de solução desse problema, dentre tantos outros. Estou postando as informações abaixo porque elas são realmente inusitadas. A comunidade escolar não pode mais calar. Vemos todos os candidatos, num período eleitoral, colocando EDUCAÇÃO como prioridade em seus discursos. Uma vez eleitos, o que era prioridade  vira esquecimento. (Prof Renier)

Escola em Natal entra na justiça contra Estado por falta de professores

Diretora revela que o problema é freqüente e que há dois meses aguarda que a Secretaria envie dois professores à unidade

Foto: José Aldenir
Foto: José Aldenir
Alessandra Bernardo
alessabsl@gmail.com

Cansados de conviverem com a constante falta de professores e de esperarem que a Secretaria de Estado da Educação (Seec) supra essa necessidade, os integrantes do conselho da Escola Estadual Hegésippo Reis, em Nova Descoberta, entraram com uma representação no Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) contra o Governo do Estado, para que este supra a ausência dos docentes, que já dura cerca de dois meses. Para a secretária  estadual de Educação, Betânia Ramalho, a situação é inusitada e o órgão precisa de tempo para preencher as vagas existentes.
Segundo a diretora da escola, Maria Evania, para evitar que os alunos sejam mais prejudicados e fiquem sem ter o que fazer durante os horários vagos, são feitas atividades como mediação de leitura e outras atividades educativas. Ela disse que o problema é freqüente e que há dois meses aguarda que a Secretaria envie dois professores para a unidade para preenchimento das vagas, que possui nota 5,7 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a terceira maior da rede estadual.
Evania explicou que uma das professoras pediu licença para cuidar da saúde por seis meses e a segunda teve que ser devolvida à secretaria por, semanalmente, apresentar atestados médicos e se ausentar das salas de aula, o que comprometia a qualidade do ensino ofertado aos alunos. Durante reunião do conselho escolar da unidade – formada por professores, pais e funcionários da escola, realizada na última sexta-feira (12), este decidiu elaborar representação contra o executivo.
“É um pedido de socorro, para que nossos alunos não sejam mais prejudicados e possam ter seus direitos garantidos. Protocolamos a representação nesta segunda-feira (15) e agendamos uma visita do conselho escolar à Promotoria da Educação, para que possamos resolver essa situação o mais breve possível. Sempre que procuramos a Secretaria, ouvimos que esse problema não acontece só conosco, que tem falta de professores em várias outras escolas estaduais, mas nós estamos lutando para não sermos mais uma”, desabafou.
Para a presidente do conselho escolar da Hegésippo Reis, professora Claudyne Lima, além dos próprios estudantes, seus pais e responsáveis também estão insatisfeitos com o problema e cobram uma solução da Seec. Para ela, os alunos só não são mais prejudicados porque a unidade escolar realiza atividades pedagógicas durante os horários vagos, para impedir que eles retornem para casa ou se desestimulem diante da situação.
“Precisamos sair catando educadores e funcionários para ficar com os estudantes nestes períodos, porque eles mesmos reconhecem que o problema não é causado pela escola. Infelizmente, sentimos que somos tratados com grande descaso pela Secretaria, que sempre que é procurada por nós, alega que o problema não é só com a nossa escola, mas em várias outras unidades no Estado”, afirmou.
A coordenadora pedagógica da Hegésippo Reis, Cláudia Santa Rosa, disse que a situação é preocupante e grave, mas que a Seec tenta minimizar o problema alegando que a falta de professores acontece em quase todas as escolas estaduais. “Vivencio o drama de uma comunidade para manter a escola funcionando com regularidade, uma unidade com o Ideb mais alto entre as estaduais de Natal. Como ficam os direitos de crianças e jovens de acesso ao conteúdo previsto no currículo e ao mínimo de 200 dias letivos e 800 horas de aula?”, questionou.
Pais de alunos relatam tristeza com situação enfrentada
Pai de dois alunos da unidade, Laércio Elói disse que aprovou a decisão do conselho da escola e que se entristece ao ver seus filhos sendo prejudicados com a ausência de professores em sala de aula. “A escola está de parabéns por essa iniciativa, porque, se não for assim, não conseguimos nada e nossos filhos continuarão com horários vagos na escola. E eles mesmos reclamam disso, é muito triste ver que uma situação que pode ser resolvida de forma rápida é tratada com descaso”, disse.
O mesmo é sentido por Lucas Emanoel, que tem um filho matriculado na escola. Ele, que também integra o conselho escolar, disse que fica chateado com a situação, mas reconhece os esforços dos funcionários da unidade para impedir que as crianças fiquem sem ter nenhuma atividade pedagógica durante os horários vagos. Para ele, o prejuízo sofrido pelos estudantes é praticamente irrecuperável. “Não tem como repor todas essas aulas perdidas”, falou.
A secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, disse que a unidade tem autonomia pedagógica para propor atividades durante os períodos vagos, enquanto o órgão não consegue encaminhar os docentes solicitados. Ela reconhece que o problema é vivido pela maioria das escolas do Rio Grande do Norte e que está trabalhando junto ao Ministério Público para encontrar formas de diminuir a situação.
fonte:http://jornaldehoje.com.br/escola-entra-na-justica-contra-o-estado-por-falta-de-professores/

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