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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Mesmo sob protestos, Câmara aprova PL que força retomada das aulas presenciais na pandemia

Não teve jeito. Mesmo sob os protestos virtuais dos profissionais da educação, liderados pela CNTE e apoiados pelo SINTE/RN, a Câmara dos Deputados aprovou, no final da noite de terça-feira (20), o PL 5595/2020. Foram 276 votos favoráveis e 164 contrários. A matéria segue para o Senado. De autoria das deputadas Paula Belmonte (Cidadania/DF) e Adriana Ventura (Novo/SP), relatado por Joice Hasselmann (PSL-SP), o projeto torna serviço essencial o ensino presencial nas redes básica e superior da educação pública e privada. Na prática, força a reabertura de escolas e universidades, expondo professores, funcionários e estudantes ao novo coronavírus no pior momento da pandemia. O texto diz que há exceções quando as condições sanitárias de estados e municípios impedirem a retomada das atividades. Mas não deixa claro quais são os critérios. Apesar de a oposição ter tentado adiar a votação, o PL entrou em pauta depois de serem vencidos todos os requerimentos apresentados. Ainda assim os parlamentares contrários ao projeto argumentaram. Apontaram a falta de vacinas, o elevado índice de contaminados, os números de internados nos hospitais, a falta de cilindros de oxigênio e kits de intubação, os cerca de 380 mil mortos em 13 meses e as tradicionais deficiências das escolas públicas do país. Nada adiantou. Venceu o lobby das instituições educacionais privadas.

Para o SINTE/RN, o projeto traz, nas entrelinhas, a possibilidade de podar o direito de greve. Isto porque poderá abrir brechas para prefeitos e governadores questionarem na Justiça futuras paralisações da educação pública. O Sindicato aponta que provavelmente não mais será possível todo o quadro funcional cruzar os braços durante um movimento grevista em virtude da obrigação de manter uma determinada porcentagem de trabalhadores em educação atuando. O resultado será o enfraquecimento da luta organizada ao limitar o poder de pressão exercido por uma paralisação por tempo indeterminado. A entidade ainda afirma ser desumano liberar a reabertura das unidades de ensino neste momento, sobretudo porque é possível continuar trabalhando remotamente, apesar dos problemas apresentados pela modalidade. O Sindicato avalia que ontem, como já aconteceu várias vezes na história, a educação foi derrotada pelo parlamento, que não cumpriu com o seu dever de representar os interesses do povo. Agora, obrigados a voltar à força para o ambiente escolar, professores e funcionários, ao lado de estudantes, terão que lidar com a falta de condições de trabalho e o medo da morte.

CONFIRA ABAIXO COMO VOTOU CADA DEPUTADO FEDERAL DO RN

NÃO

  • Benes Leocádio (Republicanos-RN)
  • Natália Bonavides (PT-RN)

SIM

  • Beto Rosado (PP-RN)
  • Carla Dickson (PROS-RN)
  • General Girão (PSL-RN)
  • João Maia (PL-RN)
  • Rafael Motta (PSB-RN)
  • Walter Alves (MDB-RN)


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