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terça-feira, 21 de julho de 2015

Ciro Gomes: golpistas temem a resistência dos brasileiros

Ciro Gomes foi ministro da Fazenda na época do Plano Real

Ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará, ex-ministro da Fazenda – responsável pela instalação do Plano Real, em sua fase mais critica, no Governo Itamar – e da Integração, no Governo Lula, Ciro Gomes considera “intolerável” a tentativa de parte da oposição e de setores da sociedade de derrubar a presidenta Dilma Rousseff, reeleita em 2014. Segundo Ciro, o Golpe não se consumará.
– O golpe não acontecerá. Não vai ter e ponto final. Alguns de nós, brasileiros, estamos dispostos a levar (a resistência ao golpe) às ultimas consequências. Basta isso para não ter golpe porque eles (os que pregam a derrubada do governo) são frouxos, não aguentam a pressão das ruas. O povo brasileiro vai para a rua para garantir a Democracia – garantiu Ciro Gomes, em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, na noite passada.
Um dos possíveis presidenciáveis, em 2018, Ciro hoje é presidente da Ferrovia Transnordestina que, segundo afirmou, segue adiante a todo vapor.
– Neste caso (das ‘pedaladas’ no TCU) seria pitoresco se não fosse trágico. Julgam-se práticas do passado sem que se julguem as mesmas práticas de muitos e repetidos anos do passado. No governo de Fernando Henrique Cardoso foi o pior e nunca aconteceu qualquer notificação por parte do TCU. As contas brasileiras com Fernando Henrique tiveram a erosão mais grave de toda a história brasileira – denuncia.
Sobre o Governo Dilma, o ex-governador disse que é preciso que a presidenta se reaproxime do povo.
– E isso significa tomar outro caminho na gestão da economia e da política – afirmou Ciro, que criticou a escolha de Joaquim Levy para o ministério que ele já ocupou.
Leia, a seguir, os principais pontos da entrevista:
O Brasil de hoje
Há duas coisas gravíssimas acontecendo no país.
Uma é a escalada golpista que fundaria no Brasil uma Venezuela, sob o pior aspecto que essa comparação possa dar. Um país rachado.
O Brasil não tem as razões que há na Venezuela para que isso ocorra.
O outro é uma preocupação com os descaminhos graves do governo da Presidenta Dilma Rousseff.
Lamentavelmente, a Presidenta se lançou em uma agenda prática que está desconstituindo a legitimidade do seu mandato.
A situação econômica e os insatisfeitos
Os protagonistas (do golpe) são de natureza plutocrata. Os endinheirados do setor financeiro não estão satisfeitos, mesmo tendo um interventor no governo, no caso o (ministro da Fazenda) Joaquim Levy.
O Levy não tem a menor imaginação para compreender a realidade brasileira.
Aí, entra com aquele receituário estúpido, que, na verdade, é um contrassenso teórico.
Há os que não aceitam o resultado das urnas.
Contas da campanha de Dilma
Nos próximos dias, com grande calor midiático, iremos assistir a uma oitiva do delator (Ricardo Pessoa) da UTC que vai dizer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que fez financiamentos à campanha da Presidenta Dilma porque foi chantageado pelo tesoureiro do PT.
Espero, como modesto brasileiro, que o TSE não dê vazão para isso.
Isso é intolerável.
Pedaladas fiscais
O segundo ambiente Golpista é no Tribunal de Contas da União (TCU).
Neste caso pitoresco, se não fosse trágico, julgam-se práticas do passado sem que se julguem as mesmas práticas de muitos e repetidos anos do passado,
O TCU poderia levar isso à última consequência, a presidenta seria afastada e o vice assumiria.
Isso também é intolerável.
“A Dilma tem sorte”
Eu disse pra ela que, se ela conseguisse governar com esse ministério, eu queria trocar de anjo da guarda com ela.
Ela tem sorte porque esse Eduardo Cunha se desmoralizou muito rapidamente.
A população tem que entender que impeachment não é remédio para governo que a gente não gosta.
Impeachment é para governo que comete crime.
Pedaladas de FHC
É justo falar que houve pedalada (no governo Dilma), mas não é a primeira vez. No governo de Fernando Henrique Cardoso foi pior e nunca aconteceu qualquer notificação por parte do TCU.
Não havia Lei de Responsabilidade Fiscal no primeiro mandato dele (1995-1998). Ele a aceitou imposta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de quebrar o Brasil três vezes.
As contas brasileiras com Fernando Henrique tiveram a erosão mais grave de toda a história brasileira.
Eu era Ministro da Fazenda quando ele tomou posse e nomeou o Pedro Malan ministro. Os números eram os seguintes:
Carga tributária era 27% do PIB. Ele entregou ao Lula com 37% do PIB.
A dívida pública brasileira em 500 anos foi de 38% do PIB. Com oito anos de desgoverno de FHC, foi para 78% do PIB.
E ele desmobilizou US$ 100 bilhões das privatizações e o país desceu ao menor volume de investimento desde a Segunda Guerra Mundial.
Tudo isso feito na cara da freguesia e o TCU nunca fez o menor registro disso.
O que a Dilma fez de errado
Ela é uma pessoa séria, mas não entendeu bem o que fez com que ela ganhasse as eleições.
Ela pagou o preço da inexperiência política e da intrusão do Lula.
A presidenta Dilma prometeu uma coisa e foi gastando a confiabilidade muito rapidamente: aumentar a gasolina, a energia.
O golpe não acontecerá
O golpe não acontecerá. Não vai ter e ponto final. Alguns de nós brasileiros estamos dispostos a levar às ultimas consequências. Basta isso para não ter golpe porque eles (os que pregam o golpe) são frouxos, não aguentam a pressão das ruas.
O povo brasileiro vai para a rua para garantir a Democracia. É preciso que Dilma se reconcilie com o povo brasileiro, e isso significa tomar outro caminho na gestão da economia e da política.

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