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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Admirável criatividade juvenil...Isso não é rebeldia, é consciência política (prof.Renier)

Em protesto, alunos da USP vestem saias para assistir às aulas

O dia começou diferente para alguns estudantes da USP (Universidade de São Paulo). Os meninos que toparam ir à aula e passar o dia de saia e as meninas que vestiram paletó e gravata saíram de casa já trajados e foram alvos dos primeiros olhares "curiosos" no caminho para a universidade.

"Todo mundo no metrô me olhou como se eu estivesse fazendo algo muito absurdo. Mas ninguém chegou a falar alguma coisa ofensiva", diz Fernando Pereira, organizador do evento e estudante de engenharia, na Poli-USP.

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O protesto "USP de saia!" foi combinado pelo Facebook, rede social onde o estudante da USP Leste, Vitor Pereira, recebeu comentários anônimos ofensivos após ter ido à universidade vestido com saia e camiseta.

"A universidade é um lugar de liberdade de expressão. O uso de uma peça de vestuário não deve ser recriminado", diz a descrição do evento na rede social.

O "dia da saia" não acontece apenas na Cidade Universitária, mas também em outros quatro campi: Leste, São Francisco, Ribeirão Preto e São Carlos.

 
Vitor diz ter se espantado com a dimensão que o caso ganhou. "Achei que homem usar saia não fosse mais um tabu, os costumes mudam. O que acontecia na Idade Média já não acontece hoje. A gente precisa se reciclar, arejar a cabeça."
Ele conta que pela manhã, no caminho para a universidade, um homem o ofendeu. "É triste, mas estou acostumado", afirma.
O organizador Fernando diz que a saia, peça que gerou estranhamento e preconceito ao ser usada por Vitor, é o principal vestuário do ato. "Demos opções de paletó e gravata para as meninas também poderem participar, mas a saia é emblemática", diz.
O evento convida "a todos para um dia de reflexão sobre os estereótipos de gênero" e explica que "a ideia é que todos usem algo que fuja dos padrões impostos pela sociedade".
Durante todo o dia, os estudantes permanecerão vestidos com as peças comumente usadas pelo sexo oposto e devem se encontrar em atos no bandejão e na praça do Relógio às 18h para conversarem sobre as experiências vividas ao longo do dia.

fonte: www.uol.com.br

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