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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Procon RN obriga bancos a normalizarem depósitos após grande número de denúncias

A greve dos bancários ganhou mais um desdobramento no Rio Grande do Norte. A paralisação, iniciada no último dia 19 de setembro, continua gerando transtornos à população potiguar, que nada pode fazer, senão aguardar de braços cruzados até que a situação se resolva. O principal aborrecimento, que tem gerado a maior parte das denúncias ao Serviço de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/RN), é a impossibilidade de se realizar depósitos no Banco do Brasil. Segundo informações fornecidas pelo Sindicato dos Bancários do RN, a única agência do BB em toda a capital que está operando com esse tipo de serviço é a do Natal Shopping, e, mesmo assim, apenas das 10h às 13h.
O Procon/RN já se manifestou quanto ao assunto e determinou que o Banco do Brasil regularize a situação de todos os caixas eletrônicos do Estado em, no máximo, 24h. Como amanhã (3) é feriado, os equipamentos devem estar em pleno funcionamento na próxima sexta-feira (4). Caso a decisão seja descumprida, está prevista a aplicação de multa, que pode variar de R$600 a R$6 milhões.
De acordo com Ney Lopes Júnior, diretor estadual do serviço de proteção ao consumidor, a atitude dos bancos é condenável por ferir o interesse público. “Essa postura patronal não pode ser tolerada. O sindicato dos bancários já manifestou que não possui qualquer ligação com a suspensão dos depósitos, pois esse tipo de ação é responsabilidade da direção das empresas. Os bancos é que estão boicotando a sociedade, ferindo o artigo 393 do código civil, que garante a prestação dos serviços básicos à população”, aponta.
“Além disso, recomendamos às pessoas que estiverem com pagamentos atrasados por causa da greve que nos procurem, para que sejam dadas todas as orientações necessárias. Os bancos não podem cobrar juros ou multas referentes ao período da greve, pois nem todo mundo tem acesso aos canais alternativos para quitação das dívidas”, finaliza o advogado.
Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários, Marta Turra, o movimento grevista é totalmente contrário a esse tipo de prática, que, segundo ela, só visa a ludibriar a população e tentar enfraquecer o movimento grevista. “Essa prática do banco é absurda, o único intuito deles é jogar a população contra nós. Nada disso partiu dos sindicatos; a direção simplesmente reprogramou os caixas do auto-atendimento, desabilitando a opção do depósito. Somos favoráveis à postura do Procon, tem mais é que multar os bancos que estiverem infringindo a constituição. A paralisação está respeitando rigorosamente a lei de greve, isso eu posso garantir”, afirma a sindicalista.
A pauta de reivindicações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), adotada pelos sindicatos dos bancários em todo o País, exige reajuste salarial imediato de 22%, mais o parcelamento da reposição integral das perdas. A Fenaban ofereceu inicialmente 6,1% de aumento, proposta prontamente negada pelas entidades classistas, sob alegação de que esse valor é inferior até mesmo à inflação do período.

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