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terça-feira, 28 de julho de 2020

Movimentos sociais comemoram aprovação do FUNDEB na Câmara


Contra todos os esforços do governo Bolsonaro para impedir a aprovação da PEC, o FUNDEB agora faz parte da Constituição brasileira



O dia 22 de julho de 2020 entrará para a história da educação no Brasil. Numa votação histórica realizada ontem na Câmara dos Deputados, foi aprovada a PEC que prevê a criação permanente do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). A PEC foi apresentada na Câmara em 2015, e desde lá o conjunto de movimentos de educação tem feito mobilizações para garantir a votação da proposta antes da extinção do Fundo, prevista para dezembro deste ano. Após imensa pressão dos movimentos e grande envolvimento da opinião pública na defesa do FUNDEB, o governo Bolsonaro, seguindo a cartilha ultraliberal da política de Paulo Guedes, ainda tentou impedir a votação e suspender o FUNDEB indefinidamente. Sem sucessso. Apesar dos poucos votos contrários dos deputados mais alinhados ao governo, e das reiteradas tentativas do Partido Novo em retaliar a proposta original, a pressão dos movimentos conseguiu viabilizar a aprovação da PEC por ampla maioria no Congresso.
“Agora a Fundeb, um dos maiores legados deixados pelo governo do PT na educação, é uma política Constitucional”, afirmou a Secretária de Movimentos Populares do PT, Vera Lúcia Barbosa. “E esta vitória, sem dúvida nenhuma, está na conta da CNTE, da UNE, da UBES e de todas a organizações que lutam por uma educação de qualidade no Brasil”.
UNE e a UBES, que nos últimos dias intensificaram a mobilização nas redes através do #AprovaFundebJá, celebraram a vitória em suas contas oficiais na internet.
Confira abaixo a nota pública da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação após a aprovação do Fundeb:

Bolsonaro é acusado em Haia por crime contra a humanidade


Denunciando Bolsonaro por “falhas graves e mortais”, a Rede Sindical Brasileira Unisaúde ingressou com a ação no Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, no final de semana. Além de entidades médicas, as centrais sindicais CUT, Nova Central Sindical e UGT e o MST também assinam a ação. Para as entidades, Bolsonaro colocou em risco a população ao causar aglomerações, não usar máscara e promover uso da hidroxicloroquina.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Odebrecht paga 'salário pós-delação', e defesa de Lula tenta rever processo

POR FELIPE BÄCHTOLD

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ao negociar acordo com autoridades da Lava Jato, a Odebrecht se comprometeu a pagar por anos uma remuneração mensal indenizatória a seus ex-executivos delatores que varia de R$ 15 mil a R$ 134 mil.
Agora, a defesa do ex-presidente Lula usa esse compromisso entre empresa e empregados para questionar a credibilidade das declarações feitas por eles em processos da operação.
Uma planilha detalhando esses "salários" foi anexada pela defesa do petista no último de seus processos em Curitiba, que trata da compra pela empreiteira de um terreno para o Instituto Lula em São Paulo.
Em petição, a defesa do ex-presidente pediu ao juiz responsável, Luiz Bonat, novas diligências na ação penal, que já estava pronta para ser sentenciada na primeira instância. O pedido, feito em maio, ainda não foi respondido.
Procurada pela reportagem, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba disse que os pagamentos a delatores por empresas estão em discussão em um órgão da Procuradoria-Geral da República e que ainda não há uma definição a respeito.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

SOBRE VOLTAR OU NÃO ÀS AULAS PRESENCIAIS ESTE ANO

Volta às aulas: viver ou morrer.

Em 1989, com 25 anos de idade, iniciei minha jornada pedagógica como professor de Língua Portuguesa, assumindo turmas do 5º ano do ensino fundamental em uma escola pública estadual do RN, localizada em um bairro de periferia na Cidade de Natal, vão-se 31 anos. À época, o giz e a lousa em cimento queimado eram os principais recursos didáticos à disposição do professor no ensino público. Não existiam livros didáticos disponíveis para todos os discentes e quase não existiam bibliotecas nas escolas. Quando existiam, o acervo era (e continua sendo) paupérrimo, sem falar nas condições ambientais e equipamentos nunca disponibilizados. Merenda escolar até existia, todavia, o cardápio e a qualidade das refeições tiravam o apetite. E por que estou lembrando essa realidade? Alguém que não seja professor(a) deve pensar que hoje a realidade superficialmente descrita nas linhas anteriores ficou no passado. Não ficou. Há avanços, isso é verdade, mas muito pálidos. Pessoalmente, enquanto profissional da educação e por “exigências” inerentes à função, sempre busquei atualização/formação (encontros, oficinas, congressos, seminários, pós-graduações, cursos, entre outros), nunca correspondido em vantagens salariais ou em condições de trabalho no ambiente escolar (premissa para a realização daquilo que é planejado). Chego aos 56 anos, aposentadoria à vista; tendo lecionado em várias escolas públicas do ensino fundamental ou médio, atuado também como coordenador e diretor. Nesse percurso nunca vi ou trabalhei em uma escola com totais condições sanitárias.

Se alguém duvida, visite uma escola pública ou privada (na sua maioria), vá direto aos banheiros dos estudantes e observe se existem pias e sanitários em condições de uso, com sabão líquido ou sabonete, papel toalha, paredes limpas sem infiltrações, piso limpo e seco, portas com fechaduras e limpas; aproveite e visite as salas de aulas, certamente verificará paredes sujas, carteiras ou mesas e armários com ferrugem, ventiladores ou ar-condicionados (se existirem) em quantidade inadequada, sem manutenção, com fiação exposta, janelas e portas quebradas, piso incompleto ou necessitando substituição, telhado ou teto precisando de manutenção; visite a cozinha e fale com as merendeiras. Seja curioso e pergunte sobre computadores para alunos e professores; se existirem, ligue-os (talvez funcionem) e tente acessar a internet, verifique se existem lousas digitais nas salas de aulas, projetor, lápis e apagador para uso exclusivo de cada professor(a), pergunte se esses(as) alternam as salas na mudança de turma ou permanecem na mesma sala; sem dúvida são muitos espaços e não descrevi o ambiente para a prática esportiva e seus equipamentos. Para finalizar sua visita, pergunte quando a escola passou por uma reforma/manutenção completa, como também sobre o material didático disponível para os(as) professores(as) e se existem recursos financeiros disponibilizados à escola suficientemente para isso. Calma, vai passar!

Esse é o painel pintado em cores vivas que tenho vivenciado há três décadas no âmbito das escolas. Alguém pode afirmar com certeza se essa realidade vai mudar da noite para o dia em conformidade com o que preceitua a OMS e os órgãos de fiscalização e vigilância sanitária do Brasil, de um estado ou de um município no momento de contenção, prevenção e combate ao coronavírus (COVID-19)? Necessitar-se-á de tempo, bastante tempo para que tenhamos as condições essenciais para o retorno às aulas presenciais. Transcrevo a opinião de uma mãe, reservando-me o direito de não a nomear como precaução a qualquer tipo de reação/comentário:

“Sobre o retorno das crianças à Escola: Nem médicos, nem os próprios cientistas sabem ao certo o que é, como se manifesta, como se transmite, nem nada sobre a COVID-19. Tantas pessoas que alegam não terem saído de casa e se contaminaram.

E querer colocar as crianças juntas nesse momento? E uma escola não é uma universidade, onde você fala para o aluno sente-se e assista a aula no seu lugar.

Criança não para, criança se mexe, pula, brinca, precisa correr, coloca o lápis na boca, os dedos nos olhos, compartilha brinquedo, abraça os amigos, coloca as mãos em todos os lugares. Criança não tem maturidade para obedecer a Protocolos de Segurança Sanitária!!

Eu NÃO sou a favor de mandar as crianças para a escola até ter certeza da cura e prevenção.”

 

            Outra opinião sensata tem o procurador municipal Carlos Castim, ex-secretário interino na Secretaria Municipal de Educação de Natal, que afirmara em entrevista ao jornal O Pantim no dia 13 de julho “Momento não é para retorno às aulas”,  “Nos estabelecimentos, as pessoas entram e saem, há uma rotatividade, mas na escola elas permanecem e interagem”, ”Eu conheço a realidade, e são crianças muito dependentes e carentes de atenção e afeto que se traduzem em contato físico”. Caso você não tenha percebido, apresentei as opiniões de um professor (o autor do texto), de um procurador (a justiça) e de uma mãe (a família), uníssonos nas opiniões quanto à temática volta às aulas.

                Paremos para pensar..., será que a verdadeira preocupação é a aprendizagem dos estudantes ou será que existem outros interesses escamoteados nesse afã por aulas presenciais em uma realidade de pandemia, quando ainda não se tem sequer uma vacina como prevenção? Será que os conteúdos não transmitidos/ estudados/ aprendidos perderam-se no espaço, deixaram de existir nos livros ou plataformas digitais, são irrecuperáveis assim como é a vida se deixada de existir? Ou estão/estarão eles lá, disponíveis a qualquer hora e o tempo para apreendê-los é qualquer tempo que favoreça à vida em primeiro lugar? O relógio não surgiu do nada, foi o homem que o criou. Por que tanta pressa? O mundo não vai se acabar agora, mas muitas vidas irão embora simplesmente pela dissimulação das verdadeiras intenções por parte de um pequeno número de pessoas que, talvez, atuem em defesa de um sistema econômico cruel, desumano. Atente-se que, na Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988, a dignidade da pessoa humana (Art. 1º, § 3º) e a vida (Art. 5º) se antepõem à educação (Art. 205). Portanto, trazendo à memória daqueles(as) que têm as leis como algo soberano, a vida está em primeiríssimo lugar.

            Vivemos momentos de incertezas em todas as áreas é fato, parece que estamos à deriva sem perspectiva de salvamento quanto às nossas atividades laborais, enquanto profissionais da educação, contudo existem possibilidades de retorno às atividades pedagógicas sem aventuras açodadas. Por exemplo, poder-se-ia aproveitar o tempo que falta até o final do ano de 2020 para oportunizar a todo corpo docente das escolas, podendo alcançar inclusive os funcionários, por meio da EAD, cursos de formação profissional como primeiros socorros, uso das tecnologias na educação, combate e prevenção à doenças contagiosas (lembrando que nas escolas é comum alguém está com doença respiratória e/ou ser portador de morbidade), dentre tantas opções possíveis de serem implementadas. Concomitantemente, as secretarias de educação (estado e municípios) realizariam as reformas/adequações necessárias em todas as escolas quanto à contenção, à prevenção e ao combate à COVID-19.

Por fim, como possibilidade de continuidade do ano letivo 2020, nada impede que isso ocorra no primeiro semestre do próximo ano, antecipando-se o início das atividades presenciais em janeiro. No segundo semestre, dar-se-ia o ano letivo 2021. Com planejamento do processo ensino-aprendizagem, disponibilização de recursos humanos e de todos os recursos didáticos indispensáveis ao trabalho do(a) professor(a) como também disponibilização de recursos financeiros suficientes para manutenção das unidades escolares, certamente voltar-se-ia às aulas com mais segurança, minimizando a possibilidade de contágio entre todos na comunidade escolar, existindo até a perspectiva de vacina para todos.  Somos professores também para salvar vidas, não para tirá-las.

                                                         Prof. Ms. Renier Luiz Martins Mendes

                                                         (Município de Natal e estado do RN)

 


terça-feira, 14 de julho de 2020

Quase 90% dos professores não tinham experiência com aulas remotas antes da pandemia; 42% seguem sem treinamento, aponta pesquisa

Uma pesquisa sobre o trabalho dos professores da rede pública durante a pandemia, a qual o G1 teve acesso, aponta que 89% não tinha experiência anterior à pandemia para dar aulas remotas – e 42% dos entrevistados afirmam que seguem sem treinamento, aprendendo tudo por conta própria. Para 21%, é difícil ou muito difícil lidar com tecnologias digitais.
Os resultados mostram a dificuldade dos professores em lidar com a nova realidade, e o esforço pessoal para transmitir a aprendizagem aos estudantes durante a emergência de saúde provocada pelo coronavírus. "Somos analfabetos digitais", afirma Katia Araújo, professora da rede municipal de Campo Grande (MS). "Você só percebe que não sabe quando precisa usar a ferramenta", relata ao G1.
A pesquisa “Trabalho Docente em Tempos de Pandemia”, foi feita pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente da Universidade Federal de Minas Gerais (Gestrado/UFMG) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Os dados foram coletados entre 8 e 30 de junho, com 15.654 docentes de todo o Brasil, da educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos.
Os dados mostram que:
82% dos professores estão dando aulas dentro de casa
82% dos docentes disseram que as horas de trabalho aumentaram
84% dos professores afirmam que o envolvimento dos alunos diminuiu um pouco ou diminuiu drasticamente durante a pandemia.
80% dos entrevistados afirmam que a principal dificuldade dos estudantes é a falta de acesso à internet e computadores; seguida pela dificuldade das famílias em apoiar os estudantes (74%); a falta de motivação dos alunos (53%) e o desconhecimento dos alunos em usar recursos tecnológicos (38%).
O estado emocional dos professores também está sendo colocado à prova: 69% declararam ter medo e insegurança por não saber como será o retorno à normalidade e 50% declaram ter medo em relação ao futuro.

"É um cenário preocupante, que demonstra a dificuldade do poder público em dar uma resposta neste momento emergencial", afirma Dalila Andrade Oliveira, professora titular de políticas públicas em educação UFMG e coordenadora da pesquisa. "A culpa não é dos professores".

"Todos nós fomos surpreendidos pela pandemia, mas os dados refletem a precariedade da oferta da educação básica do Brasil. Na urgência de responder ao direito à educação dos estudantes, o mínimo que as redes poderiam fazer é fornecer essa formação aos docentes", analisa.
Didática adaptada
As aulas a distância estão longe de serem aulas presenciais gravadas, de acordo com professores ouvidos pelo G1. "Sem olho no olho, e sem lousa, é muito difícil explicar", afirma Karina Batelli, professora da rede municipal de São Paulo, que tem alunos de 10 a 12 anos do ensino fundamental.

"A didática é diferente no ensino remoto em comparação com a presencial. Na escola tem a troca, você faz uma pergunta, eles retornam, e a gente faz um conjunto. Agora, sou eu falando, é uma aula gravada – eu coloco no YouTube, mando o link pela plataforma, eles assistem e enviam as dúvidas. Tivemos que aprender a filmar uma vídeo aula. E os alunos tiveram que aprender a ouvir os professores, porque não é o Felipe Neto com todo aquele jeito de falar que os alunos estão acostumados. É uma matéria que eles precisam entender para fazer exercício", afirma Karina.
As aulas, que geralmente eram de 50 minutos, precisam ser resumidas em vídeos de no máximo 30 minutos, de acordo com Karina. "É difícil captar a atenção da criança, fazer ela seguir as instruções sem você estar lá, do lado. A criança se dispersa por natureza. Se já é assim na escola, imagina em casa", relata.
Karina conta que, embora usasse a tecnologia para se comunicar e trabalhar, foi preciso adaptação. "Foi bem difícil sem treinamento. A aparelhagem que temos em casa não estava pronta para ser de 'youtuber' – era um equipamento para fazer pesquisa, imprimir uma atividade. E eu tive que aprender tudo. A gente conhece e-mail, usa as redes sociais, mas na hora de dar aula, é diferente", conta.

Tutorial para ajudar colegas
O professor Bruno Felix, da rede estadual do Ceará, conta que ele mesmo preparou vídeos tutoriais com o passo a passo do uso das plataformas, e distribuiu para professores e alunos. "Sou familiarizado com a tecnologia. Então, estamos nos ajudando. Eu faço os tutoriais e mando nos grupos de WhatsApp para colegas e estudantes", afirma.

"A gente pensa que os alunos, por serem jovens, sabem usar as tecnologias, mas os adolescentes só estão nas redes sociais, não sabem usar a internet", relata Felix, que dá aulas para todos os anos do ensino médio, e também para jovens e adultos.


Aumento da jornada de trabalho
Se, antes, os professores davam aulas durante um período letivo, agora precisam estar disponíveis para tirar dúvidas dos alunos o dia todo.

"É ruim à distância? Sim. É complicado, é cansativo. Hoje trabalho de manhã, à tarde, e à noite. Antes, eu entrava às 13h e saia às 17h10. Agora não, entro às 7h e fico até enquanto tiver alguém falando. Não tenho como não fazer isso, cada um tem um horário", afirma Katia Araújo, da rede municipal de Campo Grande (MS).
Além das aulas e do atendimento aos estudantes, os professores também precisam participar de reuniões pedagógicas, elaborar conteúdos e corrigir as atividades dos estudantes, como relata Karina Batelli, da rede municipal de São Paulo.
"A gente não tem só as pendências com alunos, tem as questões burocráticas da escola – todo dia tenho que postar o resumo do dia, tem ainda as reuniões com a coordenação, com a gestão… Tem os grupos [de WhatsApp] da escola, que tem '55 mil mensagens' todo dia. E, às vezes, a prefeitura muda tudo – a gente tinha um organograma, mas a prefeitura antecipou feriados, de uma hora para outra, e tivemos que nos adaptar. Não tem só as demandas do aluno", afirma Karina.
Ensino individualizado a distância
Com a falta de renda dos alunos e do acesso a computadores e internet, é preciso pensar a realidade de cada casa, para oferecer atividades que os alunos deem conta de fazer e que possam ser auxiliados pelos pais, afirma Katia Araújo, professora em Campo Grande. Ela conta que está aplicando o "ensino individualizado a distância".

"A gente tem que dar conta de um ensino individualizado a distância. Nem todos os alunos têm acesso à internet, porque vários são de baixa renda. Para suprir isso, a gente monta os cadernos de atividades e manda para os pais", relata Katia. "Nós temos muitos pais que não são alfabetizados, e só soubemos disso agora, durante a pandemia".
"Não são mais 28 alunos, são 28 famílias. Cada uma com uma realidade, uma rotina, uma dinâmica", relata Karina.

Política pública permanente
O presidente do CNTE, Heleno Araújo, afirma que o resultado da pesquisa aponta para a necessidade de se construir uma política pública que inclua desenvolvimento de plataformas gratuitas e cursos para os docentes terem domínio da tecnologia.

"Observamos que a dificuldade ocorre com professores, mas também com estudantes. Então é necessário que se construa uma plataforma publica e gratuita pensando na comunidade escolar, não somente neste período de pandemia, mas também pensando no pós-pandemia, para que possamos garantir conteúdo e aprendizado de estudantes", afirma.
A retomada das aulas presenciais ainda está sendo debatida, mas as redes de ensino já esperam que o retorno não será total, e sim gradual, com as turmas divididas para garantir o distanciamento social. Com isso, o ensino remoto deve permanecer no segundo semestre de 2020, podendo se prolingar até 2021.
"Educação é processo gradativo de trabalho, vamos entrar no segundo semestre de 2020 e talvez em 2021 com o ensino híbrido, que são as aulas presenciais e remotas, e as turmas que precisarão ser divididas", relata.
Para Dalila, coordenadora da pesquisa, falta coordenação nacional para dar uma resposta igualitária às redes de ensino. "Falta uma coordenação nacional neste momento. O Ministério da Educação poderia cumprir um papel importante neste sentido. Uma vez que essa situação tenha se instalado, é preciso cuidar para que os problemas sejam solucionados".
fonte: (G1, Elida Oliveira, 08/07/2020)

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Rússia conclui pesquisa e planeja ter vacina contra coronavírus em agosto

Pesquisadores de todo o mundo trabalham no desenvolvimento de uma vacina eficiente contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Por enquanto, a fórmula da Rússia para imunização contra a COVID-19 é a primeira a ter concluído os seus testes clínicos e, caso as próximas etapas sigam conforme o esperado, algumas pessoas deverão receber a vacina pronta já em agosto.
Foi a Universidade Sechenov, na Rússia, que concluiu os ensaios clínicos, em humanos, para a nova vacina. A partir dos resultados da pesquisa com pessoas, segundo Elena Smolyarchuk, pesquisadora chefe do Centro de Pesquisa Clínica em Medicamentos da universidade, sua eficácia foi confirmada.

"A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura. Os voluntários [dos ensaios clínicos] receberão alta nos dias 15 e 20 de julho", afirmou Smolyarchuk nesta segunda-feira (13) para a agência de notícias estatal TASS. No entanto, esses participantes ainda devem permanecer sob supervisão médica, em regime ambulatorial, mesmo após a alta. A ideia é acompanhar se irão apresentar algum efeito colateral a partir do uso da vacina.

Caso tudo corra bem, a ideia é que a vacina "entre em circulação civil" entre os dias 12 e 14 de agosto, conforme explicou Alexander Gintsburg, diretor do Instituto Gamalei de Epidemiologia e Microbiologia da Rússia, onde a vacina foi desenvolvida e que produziu, anteriormente, outras vacinas eficazes contra Ebola e MERS. Em setembro, será a vez das farmacêuticas privadas iniciarem a produção, em massa, da vacina russa.

Fonte: Canaltech

sábado, 11 de julho de 2020

Queimadas em Lajes: uma prática primitiva e inaceitável atualmente

Já faz algum tempo que este blog tem recebido reclamações quanto à prática de queimadas na área urbana no município de Lajes. Lamentável ação primitiva destinada principalmente à limpeza de terrenos após a poda de árvores ou retirada de arbustos ou mesmo lixo não reciclável. Quem realiza queimadas geralmente pensa ter o controle absoluto dessa ação, o que não é verdade. Os danos ambientais não são somente à vegetação, podem ocorrer danos à saúde da população, por exemplo, provocando sérios problemas respiratórios entre outros. Desculpem-nos a franqueza, mas é uma IRRESPONSABILIDADE. dependo do caso, um crime ambiental. 
Em Lajes, faz-se necessário inicialmente uma ação de conscientização da população, concomitantemente, a adoção de medidas punitivas para aqueles(as) que insistirem com tal atitude. 
As imagens mostram um mau exemplo ocorrido na noite do dia 11 de julho em terreno próximo ao Bairro Boa Esperança. Consequência dessa atitude é que toda área envolvendo 4 ou 5 bairros da cidade sofreu com a fumaça durante muito tempo.
Segundo a Coordenação do Meio Ambiente, a ação estava sob controle, o que não tem concordância, observando o número de reclamações que recebemos e o que as imagens mostram. 


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