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domingo, 17 de julho de 2011

A conta da inflação não pode recair sobre os trabalhadores

A grande imprensa no Brasil está orquestrada em coro para anunciar o retorno da inflação descontrolada, elegendo como “bode expiatório” os trabalhadores e suas campanhas salariais. O mercado tenta a todo custo emparedar o governo a manter a taxa básica de juros (Selic) em patamares aviltantes, favorecendo o rentismo em detrimento da produção.
Assim, utilizam de todas as artimanhas numa tentativa descabida de apontar os aumentos salariais como mola propulsora do risco inflacionário. Todavia, a recente Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE revela exatamente o oposto.
Enquanto a renda média mensal do trabalhador cresceu e a taxa de desemprego estabilizou-se em um patamar recorde de 6,4%, a inflação vem registrando sinais de queda. Na primeira quinzena de junho, o IPCA-15 foi de 0,23%, menos da metade do que foi registrado no início de maio (0,70%).
Como no segundo semestre teremos campanhas salariais de categorias importantes para a nossa economia, incluindo a dos bancários, a cantilena neoliberal mostra suas garras, anunciando um surto inflacionário caso os reajustes salariais sejam superiores às “migalhas” que as empresas pretendem propor.
Não podemos aceitar este engodo. Devemos arregaçar as mangas, nos mobilizar e compreender que somente triunfaremos com amplo envolvimento dos trabalhadores. Derrotar a mídia que defende os interesses dos seus patrocinadores, entre eles os bancos, não é tarefa fácil, mas já demos provas de que isto é possível.

( escrito por Augusto Vasconcelos é vice-presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, advogado e professor universitário)

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