O relator da matéria, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ainda não apresentou seu parecer, mas a tendência é que o tucano se posicione contra a proposta. Em abril, ele votou contra esse projeto na Comissão da Reforma Política do Senado.
À época, Aloysio defendeu a manutenção do atual sistema misto, que prevê o financiamento privado, através de doações de empresas, mas também com recursos orçamentários públicos repassados aos fundos partidários. Ele defendeu a adoção de um teto para os doadores e alegou que o financiamento público exclusivo não acaba com a prática do caixa dois.
Potiguares defendem projeto
Para Davim, o financiamento público exclusivo "vai diminuir a corrupção".
Para Davim, o financiamento público exclusivo “vai diminuir a corrupção, porque estabelece um limite e uma fonte conhecida de recursos”, permitindo que “todos os candidatos se tornem fiscais uns dos outros”.
“Se o candidato apresentar um volume de campanha que esteja acima do permitido pela lei, então vamos ter como averiguar. Hoje em dia, você não consegue fiscalizar a campanha de ninguém, porque uns têm acesso a financiamento maior que os outros. É preciso ver o que está por trás disso”, advertiu.
Paulo Davim não vê problema em usar recursos oriundos dos impostos para financiar as campanhas eleitorais. Ele observou que “democracia é cara” e ponderou que, se quisermos melhorar o parlamento, o melhor sistema é o financiamento público exclusivo. “Na hora em que você qualifica melhor, estabelece um método [eleitoral] que prioriza o debate, no final da linha você vai ter uma performance melhor do parlamento. É um gasto inicial que vai ter resultado lá na frente. Democracia é cara mesmo. Apenas os regimes totalitários são baratos”, defendeu.
O senador José Agripino Maia (DEM) defendeu que “a reforma política deve ser profunda” e que “recursos para campanha não podem comprometer a atuação parlamentar”. “Com financiamento público, políticos não ficariam dependentes de eventuais patrocinadores. Cabe ressaltar que sempre busco o apoio em empresas nacionais. [Essas empresas] Contribuem por entenderem se tratar de uma luta correta”, declarou o líder democrata.
Fátima considerara que o financiamento público exclusivo vai "combater a corrupção no Brasil".
A deputada federal Fátima Bezerra (PT), em pronunciamento na Câmara, defendeu mudanças no sistema atual, argumentando que “o atual modelo de financiamento provoca graves distorções na representação política, deformando o sentido da representatividade ao permitir um processo desigual de competição”.
Fátima compartilha do mesmo pensamento de Paulo Davim e disse considerar que o financiamento público exclusivo vai “combater a corrupção no Brasil”. A petista pregou que a reforma política, além desse item, contemple também a fidelidade partidária e a ampliação da participação das mulheres na política.
(disponível em www.nominuto.com)
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